Um dos maiores lançamentos da Fiat nos últimos anos foi a Toro, carro muito bem aceito pelo público e pela mídia, sobretudo pelo fato de se tratar de uma “nova” categoria, recém lançada, e tem como rival a Renault Oroch. Mas a Toro chamou mais atenção pelo design totalmente inovador e opção do motor 4×4 diesel.

Apesar de todo o sucesso, a Toro sofreu algumas críticas nas versões Flex, pois usa o mesmo motor utilizado no Argo HGT. Não que esse motor seja ruim, pelo contrário, é um excelente motor, porém para o Argo e não para a Toro. Isso é bem claro na questão peso x potência. O motor não rendia o suficiente devido ao peso, e seu câmbio de 6 marchas não ajudava no desempenho. Com isso a resposta era fraca, e com alto consumo de combustível.
Volcano 2020
A versão Volcano é um caso a parte, totalmente diferente. Podemos até dizer que é outro carro.
Então vamos falar um pouco sobre a versão diesel da picape.

Testamos a versão Volcano 2020 por 7 dias e durante esses período pilotamos ela na cidade e, principalmente, na estrada pegando um pequeno circuito off road.
Vamos começar a falar o que mudou na linha 2020.
Esperávamos uma mudança mais expressiva, imaginávamos um novo visual parecido com o conceito Fastback apresentado em 2018, no Salão do Automóvel de São Paulo. Mas essa mudança vai ficar para depois.
Mas a principal mudança está na dianteira, pois recebeu um facelift com novo para-choque chamado pela Fiat de “overbumper”, sendo o principal diferencial da Toro.
Outra mudança importante foi no interior, com a nova central de 7 polegadas, que por sinal já era para ter mudado há mais tempo.
Agora falando sobre o desempenho, a versão Volcano 4×4 diesel usa o motor 2.0 turbo diesel de 170 cv, que faz toda a diferença.
O que vem de série?
7 Air Bags (motorista, passageiro, laterais, cortina e joelho), Apoia-braço central traseiro com porta-copos, Áudio streaming, Banco do passageiro rebatível e porta-objeto, Banco motorista com regulagem elétrica (assento em 8 posições), Câmbio automático de 9 velocidades, Console central bicolor, Faróis com sistema DRL, Guarnições abaixo dos vidros cromadas, Hodômetro digital (total e parcial), Keyless entry’n’go, Luzes ambiente em LED, Moldura dos alto-falantes com pintura exclusiva, Moldura dos faróis de neblina cromadas, Moldura inferior das portas com frisos cromados, Navegação GPS, Partida remota, Retrovisor interno eletrocrômico, Rodas de liga leve 6.5 x 17″ + Pneus 225/60 R17, Sensor crepuscular, Sensor de chuva, Soleira metálica e Telecomando para abertura e fechamento das portas e vidros.
Opinião
Já tínhamos dirigido a versão 1.8 Flex, que não nos encantou como deveria.
Já a versão a diesel é bem melhor pois o motor 2.0 turbo diesel tem excelente retomadas, e além disso conta com o câmbio automático de 9 velocidades.

Fui ao interior do Espírito Santo com ela em uma região de muitas montanhas e pude ver o quão potente é esse motor. Fiz várias ultrapassagens em “local seguro” com a Toro e ela se saiu muito bem, fazendo as trocas na hora certa. Ainda conta com borboletas para trocas manuais, o que ajuda no caso de uma descida para que possa reduzir, já que o câmbio automático desenvolve mais nos declives.
Não testei o 4×4 ao extremo mas consegui usar em algumas ocasiões. Até o ponto que testei se saiu muito bem.
O carro é bem confortável, tem bom isolamento acústico, apesar de que gosto de ouvir o som do motor diesel em funcionamento, mas ela é bem silenciosa.
O consumo me agradou, na estrada consegui uma média de 13.5 km/l e na cidade consegui uma média de 10 km/l. Lembrando que esses números são no diesel.
O preço da Fiat Toro Volcano parte dos R$155.990.
Uma outra opção com motor Flex é o 2.4 Tigershark que gera até 186 cv. Não podemos dizer como é seu comportamento pois ainda não testamos, mas pode ser uma solução.
Outra alternativa é a recém lançada versão endurece que conta com motor 1.8 Flex e câmbio manual.
Texto e Fotos: Gustavo Lopes – Top Motors
